Saudosismo. Já começa doer um
pouco. Sempre acontece quando viajo para Ventania, vejo a minha família, meus
amigos, minha cidade e minha cama. É bom estar aqui, é muito bom, mas é ruim
ter que ir embora. Parece que a cicatriz já está fechada, mas não está. Parece
que é fácil, mas não é.
Cinco dias de festa de música
ruim, mas conversas ótimas. É engraçado conversar com os amigos e aos poucos relembrar
as manias, constatar que alguns continuam com a mesma paranóia, mas com aquele
jeito todo impar.
Desses dias na minha casa, que já
não é mais minha, fica a lembrança das sobrinhas correndo pela casa, do barulho
que minha mãe faz com as panelas na cozinha, da irmã ansiosa e das visitas que
eu teria que fazer, mas não fiz.
