quinta-feira, 12 de abril de 2012

Shame

Sexualidade ao limite

No filme "Shame", Brandon (Michael Fassbender) é um cara que tem um bom trabalho, mora sozinho num apartamento em Nova York e é viciado em sexo. Sua rotina está cercada por garotas de programa, revistas e filmes pornográficos, chats eróticos e flertes sexuais no metro. Brandon entra em conflito quando sua irmã Cissy (Carey Mulligan)  aparece de surpresa em seu apartamento arruinando a sua individualidade. Os dois irmãos tem problemas psicológicos que o filme não explica a causa, mas é impossível não notar o clima de incesto durante algumas cenas. Ele tenta se envolver com uma colega de trabalho mas não consegue equilibrar sexo e sentimento. Essa é uma história que envolve sentimentos de desespero, humilhação e dependência.




FICHA TÉCNICA
Diretor: Steve McQueen
Elenco: Michael Fassbender, Lucy Walters, Mari-Ange Ramirez, James Badge Dale , Nicole Beharie, Alex Manette, Hannah Ware, Elizabeth Masucci
Produção: Iain Canning, Emile Sherman
Roteiro: Abi Morgan, Steve McQueen
Fotografia: Sean Bobbitt
Trilha Sonora: Harry Escott
Duração: 101 min.
Ano: 2011
País: Reino Unido
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Paris Filmes
Estúdio: See Saw Films
Classificação: 18 anos




 

Um comentário:

  1. Certamente Shame é um filme interessante. Aliás, só consigo considerá-lo "bom" a partir da premissa de que a temática abordada não se inscreve nas tensões e possíveis desvios (?) sexuais do protagonista. Ou seja, para além do vício - e o considero no "gozo" e não no "sexo" -, Brandon encarna as crises de uma sociedade capitalista e, portanto, altamente consumista. Assim, inabilidade de manter relacionamentos afetivos (não apenas amorosos, mas laços de amizade) são marcas de uma personalidade extremamente coerente com o ambiente na qual (sobre)vive. Como, também, são traços desse contexto um intenso hedonismo e fluxo incessante de sentimentos e ações (ele está sempre em movimento, ansioso etc). Por fim, duas coisas me chamam a atenção: a fotografia exageradamente sóbria somada à ambientações igualmente desprovidas de colorido, e a trilha sonora, q casa muito bem com as cenas. Mas, talvez, o ponto alto seja o respeito (demasiado, creio) com o qual o diretor trata a personagem. Em nenhum momento a vida de Brandon é devastada, questionada, apenas retratada. Isso fica latente, sobretudo, logo nas primeiras cenas quando a câmera não ultrapassa de forma alguma os umbrais dos cômodos do apartamento da personagem, se restrigindo a segui-lo, quando muito, pelo corredor, um espaço neutro. Enfim, vale a pena ser assistido. Obrigado pela dica.

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